As diferenças são gritantes e importantes, mas esse termo é inapropriada para diferencia-las. O termo ideal seria vacina ética, representada pelas importadas e vacina não ética, grupo composto pelas vacinas nacionais. Mas o que leva uma vacina a ser ética enquanto a outra não? São pelo menos 3 fatores importantes… vamos lá!
O primeiro fator é adjacente a produção da vacina em si. As vacinas americanas são controlados por órgão local (foods drugs administration – FDA), onde é pesquisado a quantidade de princípio ativo de cada vacina, os chamados epítopos vacinais. Desta forma, o FDA atua na certificação da qualidade da vacina em sua origem, atestando que cada lote contenha a dose ideal para a imunização efetiva de cada cão vacinado. Por outro lado, nosso país padece da falta de um órgão similar, atribuindo a cada laboratório as pesquisas e análises da qualidade de seus produtos.
Segundo fator marcante consiste na conservação do produto. Como são produtos biológicos, a temperatura é um fator crítico e precisa ser mantido entre 2 a 8°c. Clínicas veterinárias e hospitais que se destinam a imunização dos cães, frequentemente possuem equipamento específico de conservação, chamado chiller. Este, por sua vez, permite o acesso as vacinas de forma rápida, sem necessidade de abertura de portas ou outros meios que permitirão descontrolar a temperatura. Além disso, o Chiller possui dispositivo informativo com temperatura em tempo real e sinalização da qualidade de refrigeração das vacinas. Por sua vez, as vacinas nacionais são administradas em casas de ração, sem uma padronização de conservação.
O terceiro fator, e talvez o mais importante, é o papel do médico veterinário. Este profissional é o único que pode certificar a administração adequada do produto, a qual deverá ser realizada de forma asséptica, garantindo que não ocorrerá infecções bacterianas secundárias a administração da vacina. Além disso, por meio da avaliação clínica prévia, o médico veterinário certificará se o pet está apto ou não a vacinação, garantindo a adequada resposta imunológica posterior a vacinação. Novamente, quando administramos o produto em casas de ração e/ou pet shops não há padronização quanto ao tipo de profissional que realizará o procedimento. Comprometendo assim a aplicação do produto, bem como a assepsia que deveria ser empregada. Além disso, o conhecimento quanto ao estado de saúde do pet e a capacidade de ser vacinado ou não fica restrito ao médico veterinário.
Em síntese, é basicamente isso. O produto ético tem a sua produção controlada e fiscalizada, bem armazenado e devidamente aplicado, seguindo as normas de higiene, assepsia e administrado somente em animais plenamente hígidos. Por outro lado, o produto não ético deixa de cumprir essas obrigatoriedades e acarreta em mais dúvidas do que certezas, onde o estado imunológico e a prevenção de doenças do seu melhor amigo estará em jogo.
Surgiu alguma dúvida? Espero que sim, hein.
Qualquer coisa estou sempre à disposição.
Grande abraço..
Fonte: comercialmundoanimal.com.br